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Histórico:
'Vou contar-vos como estas valiosas ciências apareceram.
Antes do Dilúvio de Noé, havia um homem, chamado Lamech, tal como está escrito
na Bíblia, no quarto capítulo do Génesis; e este Lamech tinha duas mulheres,
uma chamada Ada e outra chamada Sella; da sua primeira mulher, Ada, teve dois
filhos, Jabell e Tuball e da sua outra mulher, Sella, teve um filho e uma filha.
E estes seus quatro filhos criaram o princípio de todas as ciências no mundo. O
seu filho mais velho, Jabell, fundou a ciência da Geometria. (...) E o seu
irmão Tuball fundou a ciência da música (...). E o terceiro irmão, Tuball Cain,
fundou a ciência de trabalhar ouro, prata, cobre, ferro e aço (...). Esses
filhos sabiam bem que Deus iria tirar vingança dos pecados, ou pelo fogo, ou
pela água; portanto, escreveram as suas ciências em dois pilares de pedra, que
pudessem ser encontrados após o Dilúvio de Noé. E uma das pedras era mármore,
pois essa não arderia com o fogo; e a outra pedra era argila cozida em tijolos
e não afundaria na água de Noé. (...) E muitos anos depois do dilúvio, de
acordo com a crônica, estes dois pilares foram encontrados: um por Pitágoras e
outro por Hermes, e assim eles ensinaram as ciências que acharam escritas nos
pilares'.
Trecho do Manuscrito Cooke, poema anonimo (~1410).
Obviamente que nenhum documento histórico suporta esta parte da
Lenda. O único elemento em que se baseia é a Bíblia, no Livro do Génesis.
No Génesis, existe a referência a dois personagens com o nome de
Lamech. Um era descendente em sexta geração de Caim, filho de Methusael e a
primeira referência a um polígamo na Bíblia, com duas mulheres, Ada e Tselah
(na Lenda, Sella). o outro era descendente de oitava geração de Seth (Abel),
filho de Methuselah, e foi o pai de Noé.
Alguns estudiosos consideram que estes dois personagens
corresponderão a um único ser, apontando a semelhança dos nomes dos respetivos
progenitores e, sobretudo notando que, na coletânea rabínica Genesis Rabba,
refere-se que Na'amah, a filha de Tselah e Lamech, filho de Methushael
(Methusael), foi a mulher de Noé, alegadamente o filho do outro Lamech, filho
de Methuselah.
A Lenda do Ofício parte, portanto, do mito bíblico,
acrescentando-lhe os elementos da fundação das ciências pelos filhos de Lamech
e a premonição de que o castigador e vingativo Jehovah do Antigo Testamento
iria punir duramente os pecados humanos, fosse pela água, fosse pelo fogo - os
dois grandes elementos com capacidade destruidora da Antiguidade Primitiva. E,
anacronicamente - pois a escrita ainda não tinha sido inventada - relata a
escrita do registo de todas as ciências em dois pilares, concebidos para
resistir á água, um, e ao fogo, o outro.
Albert Mackey, na sua História da Maçonaria, informa-nos que esta
história, na parte não bíblica, deriva de um registo de Josephus (historiador
romano do Povo Judeu da Antiguidade, autor das Antiguidades dos Judeus), que
conta a história do fabrico dos dois pilares como tendo ocorrido com
descendentes de Seth (Abel).
Simbolismo na Maçonaria Moderna
Sintetizam as duas polaridades de rigor e misericórdia, de força e
de beleza. A coluna 'B' significa a força e a coluna 'J' a estabilidade. A
coluna é um dos elementos fundamentais da arquitetura, assegurando a solidez e
a estabilidade de suporte do edifício. Existem diversas referências que
consideram as Colunas 'B' e 'J' como uma representação das colunas
antediluvianas.
Relação com a nossa Loja:
Assim como os pilares representam a força e a beleza, eu
compreendo que nossa Loja tem a força de sermos pequena em número, porém nossas
colunas de sustentabilidade espiritual são fortes o suficiente para estarmos
sempre em pé e a ordem em prol da Maçonaria.
Vejo também a beleza de nossa união onde estamos sempre em busca
de mantermos nossas colunas de pé para que possamos transmitir nossos
conhecimentos aos aprendizes, passando-os para as gerações futuras.
Conclusão
Os pilares antediluvianos transcendem aos tempos do dilúvio
originado pela sétima geração anterior a de Noé, que já naquela época detinham
conhecimentos geométrico, musicais, científicos e matemáticos. Com receio,
acreditavam que haveria uma punição de Deus referente aos pecados dos povos.
Assim, para que não perdessem seus conhecimentos, gravaram-nos em dois pilares,
já que naquela época possuíam dois grandes elementos destrutivos quais eram o
fogo e a água. O primeiro pilar fizeram em mármore, uma vez que este suportaria
o calor, e o segundo fizeram em argila cozida, para que flutuasse na água.
Decorrido o dilúvio e muitos anos depois, os pilares
antediluvianos foram encontrados um por Pitágoras e outro por Hermes. Desta
forma os conhecimentos foram passados sucessivamente de geração em geração.
Hoje são considerados como símbolos de
divindades: rigor e misericórdia, força e beleza; outrossim adornam as lojas
maçônicas, sustentando os conhecimentos por gerações, estando a loja sempre
entre colunas.
Referencias Bibliográficas:
Manuscrito COOKE
htp://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en|pt&u=http://www.freemasonry.bcy.ca/aqc/cooke.html
http://www.rlmad.net/rlmad-main/mmenu-pranchas/572-simbolismo-maconico-das-duas-colunas.html
http://www.maconaria.info/index.php?option=com_content&view=article&id=102&Itemid=41
http://www.lojasaopaulo43.com.br/jurisprudencia.php
http://www.freemasons-freemasonry.com/cronologia_ma%C3%A7onica.html
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